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segunda-feira, 21 de julho de 2008

CORRENDO E CONTANDO HISTÓRIA (Parte 1) - Maria Cecília Dresch da Silveira.

Bom pessoal. Acho que chegou a minha vez de dizer algo a vocês sobre a maratona.


Em primeiro lugar, a semente lançada, enquanto corria o revezamento, no ano passado, conversando com uma das meninas da Equipe, em plena Icaraí: "Quem sabe a gente não faz a Maratona o ano que vem?"

A proposta ficou entre nós, a amiga se foi pra longe... Eu fiquei, junto com o sonho, ou utopia, quem saberia.

No início do ano, novamente acompanhada, desta vez de uma querida companheira de treinos, voltei a lançar a idéia, que, para meu terror, foi acatada pelo nosso Coach. "Meu Deus", pensei aterrorizada, "ele acreditou em mim... Céus..." Ele não só acreditou, como depositou em mim a certeza dessa realização... Passou a Travessia Torres Tramandaí, passou a Volta à Ilha, e eu com uma esperança de que ele houvesse esquecido minha PRETENSÃO... Ai Jesus... Eu, minha boca grande e meus grandes sonhos... O que eu fiz?

Com o fim da Volta à Ilha, começaram os treinos... bom, como não iria voltar atrás, só se o treinador permitisse, me concentrei em correr os tempos pedidos e etc. Só Deus sabe quantas noites de terça, após treinos intermináveis no CETE, cheguei em casa acabada, mas feliz.

Uma semana antes da prova do dia 27/05, recebi as últimas instruções do Coach, sobre como me comportar durante a prova e que deveria me concentrar em chegar... Só isso. Recebi conselhos maravilhosos de todos, a certeza da companhia feminina de uma das meninas da equipe, as dicas preciosas dos veteranos sobre "correr soltinha" e as dicas da véspera, lá no ginásio na entrega dos kits. Além disso, o olhar cúmplice dos demais debutantes em maratonas da equipe, meus queridos parceiros de primeira vez. Não preciso dizer que a noite de sábado para domingo passou em branco... "Por que me preocupar?" pensava, "é apenas uma corrida..." Nesse momento meu alter-ego gritou: "Mulher, não é uma corrida, é A CORRIDA!" No dia da prova, muitas vezes tive vontade de chorar. Estava muito emocionada, como todos. Dava pra sentir.

Algo muito diferente estava no ar. E isso se refletia em todos ao redor. Tenho certeza que todo mundo concorda comigo. Dada a largada, durante o primeiro trecho (21kms) corremos juntas eu e um pelotão de mulheres de várias partes do país. Ao passar pela rua Cabral, os sinos da Igreja da Piedade tocaram... Senti algo de muito divino, como se Deus também estivesse participando conosco daquela peleia. Na rótula do Papa, uma das gurias da equipe, que estava no apoio, veio me incentivar e acabou caindo da Bicicleta... Valeu aquele tombo, amiga.

Chegando no meio da corrida, a minha companheira de equipe se foi, junto com nossa amiga baiana, estavam mais rápidas, e eu encontrei a companhia de um dos meninos do grupo, que estava apenas fazendo 21 kms, amigão, foi todo o tempo comigo, como um anjo da guarda, preocupado e zeloso. Muito obrigada. Tua companhia valeu demais. No caminho, encontrei conhecidos, um colega de Tribunal, e, no início da Beira-rio, minha querida irmã mais velha, a Themis, sempre tão presente, a quem abracei, e segui o caminho. Quando, no km 39, o treinador me falou que estava no fim... Que praticamente já tinha conseguido, caí na real e tive vontade de chorar... "Te acalma, mulherzinha... Não vai estragar tudo agora..." A alguns metros da chegada, correndo de mãos com o treinador (que não cabia em si de tão contente conosco), tive a sensação de ter conseguido. E, cruzando a chegada... Não preciso mais falar nada... Chorei...

O choro da realização, da superação, pura emoção.

A todos vocês, companheiros de carreiras, vamos em frente, que atrás vem gente! Muitos bejos,


Maria Cecília

Um comentário:

Unknown disse...

parabenizo todos pelo belissimo trabralho e caso aceitem divulgar os eventos do calendario em sites amigos segue meu elivan.ultra@gmail.com